quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Gênero textual e Tipologia textual


Dessa vez a postagem feita tem o seguinte objetivo:
Produzir uma reflexão, focalizando os conceitos principais, confrontando o texto e os slides.

 
Texto disponível em: 

http://www.algosobre.com.br/gramatica/genero-textual-e-tipologia-textual.html

Slide: 

O texto apresenta uma discussão acerca de tipologia textual e gênero textual, promovidas pelos conceitos de Marcuschi e Travaglia.
É certo que os autores mencionados não partilham da mesma visão sobre o tema, apresentando considerações certamente distintas.

Marcuschi defende que Gênero textual é definido como textos encontrados no dia-a-dia, que apresentam características sócio-comunicativas definidas pelos conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica. Já tipologia textual se refere a descrição, injunção, exposição, narração e argumentação presentes no que se lê. Dessa forma, tem-se que um gênero textual pode apresentar diferentes tipos. O exemplo básico seria a carta, na qual se pode encontrar alguns dos citados tipos.

Por outro lado, Travaglia descreve o conceito de tipologia textual argumentando que um texto é definido como de um tipo por uma questão de dominância, em função da interlocução que se pretende; sendo o gênero textual caracterizado por exercer função social específica, que seriam pressentidas e vivenciadas pelos usuários. Isto é, sabe-se o gênero a ser utilizado dependendo do momento da interação, de acordo com sua função social.
A partir da exposição dos argumentos de ambos os autores, podemos identificar um conflito conceitual. O esquema abaixo apresenta este embate de forma mais clara:

Marcuschi:
a) intertextualidade intergêneros = um gênero com a função de outro
b) heterogeneidade tipológica = um gênero com a presença de vários tipos

Travaglia:
a) conjugação tipológica = um texto apresenta vários tipos
b) intercâmbio de tipos = um tipo usado no lugar de outro

Em dado momento, tem-se a impressão que o que Marcuschi nomeia "gênero textual" é utilizado por Travaglia como "tipologia textual". Na síntese acima, nota-se uma proximidade do que Marcuschi chama de "intertextualidade intergêneros" com o que Travaglia conceitua como "intercâmbio de tipos". Quando Travaglia diz que "o trabalho com o texto e com os diferentes tipos de texto é fundamental para o desenvolvimento da competência comunicativa" vemos em Marcuschi uma idéia semelhante à medida em que coloca o gênero textual como texto que apresenta características sócio-comunicativas.

O que se conclui, portanto, é menos um conflito de ideias do que um embate conceitual. Ambos os autores defendem pontos de vista muito semelhantes, com a particularidade de que identificam conceitos diferentes para estas ideias. O campo de debate é o mesmo, o que se argumenta tem grande proximidade; porém, as definições se separam por conta de suas nomenclaturas opostas.

Por fim, destaquei um trecho do texto de Sílvio Ribeiro da Silva que considerei importante para refletir acerca do tema discutido:

“Para concluir, acredito que vale a pena considerar que as discussões feitas por Marcuschi, em defesa da abordagem textual a partir dos Gêneros Textuais, estão diretamente ligadas ao ensino. Ele afirma que o trabalho com o gênero é uma grande oportunidade de se lidar com a língua em seus mais diversos usos autênticos no dia a dia. Cita o PCN, dizendo que ele apresenta a ideia básica de que um maior conhecimento do funcionamento dos Gêneros Textuais é importante para a produção e para a compreensão de textos. Travaglia não faz abordagens específicas ligadas à questão do ensino no seu tratamento à Tipologia Textual. O que Travaglia mostra é uma extrema preferência pelo uso da Tipologia Textual, independente de estar ligada ao ensino. Sua abordagem parece ser mais taxionômica. Ele chega a afirmar que são os tipos que entram na composição da grande maioria dos textos. Para ele, a questão dos elementos tipológicos e suas implicações com o ensino/aprendizagem merece maiores discussões. Marcuschi diz que não acredita na existência de Gêneros Textuais ideais para o ensino de língua. Ele afirma que é possível a identificação de gêneros com dificuldades progressivas, do nível menos formal ao mais formal, do mais privado ao mais público e assim por diante.”

Agora deixo a sugestão de dois links que articulam com o slide e o texto discutido. São textos que nos ajudam refletir a cerca do tema.



Até a próxima postagem!

domingo, 6 de janeiro de 2013

A abordagem das diferentes áreas do conhecimento nos primeiros anos do ensino fundamental


CORSINO, A abordagem das diferentes áreas do conhecimento nos primeiros anos do ensino fundamental. Salto para o futuro, Anos iniciais do ensino fundamental,Brasília: MEC,  ano XIX, pp. 29-42, setembro/2009.  


A autora Patrícia Corsino inicia o texto propondo uma reflexão sobre as diferentes áreas do conhecimento nos primeiros anos do ensino fundamental. Para tal observação, ela apresenta o relatório de uma professora do segundo ano do ensino fundamental.

O relatório da professora nos traz uma experiência diferente do habitual ou do que eu particularmente estou acostumada a ver nas escolas. O relato nos mostra um movimento de acolhimento e receptividade ao que a criança trouxe para a sala de aula. Tudo começou quando um aluno levou para aula um pote cheio de lagartas, que por sinal despertou a curiosidade das crianças (e que criança é curiosa... isso não é novidade, não é gente?!). A professora percebendo o interesse da turma propôs a continuação da observação pedindo assim que algumas lagartas ficassem na escola. Foi desenvolvido a partir desse momento um projeto de Ciências Naturais que não estava dentro do planejamento. As crianças, a cada dia registravam as observações através de desenhos e textos, além disso, eram feitas pesquisas sobre a espécie da lagarta observada e tais pesquisas propiciavam a troca de conhecimentos. Através do relato da professora a autora pontua no texto a importância de se olhar para a criança como alguém que tem o que dizer e competente suficiente para atribuir significado ao que está ao seu redor. Quando discutimos esse ponto do texto em sala, foi possível pensar sobre um planejamento que respeite e valorize o conhecimento que a criança já possui antes de ingressar na escola. A autora aponta também que projetos como o desenvolvido pela professora são possibilidades ímpares de articulação entre as áreas do conhecimento, pois outras áreas como exemplo, a Literatura, também podiam ser trabalhadas.

Outro aspecto importante destacado no texto é sobre a flexibilidade do planejamento e a abertura para o imprevisível. Nesse ponto a autora destacou características e dimensões do planejamento, abordadas anteriormente em outro texto. São elas: inacabamento, participação do coletivo e outras.

No tópico “Educação, Cultura, Currículo”, a autora nos traz citações e Candau e outros autores abordando o papel da escola de organizar, selecionar, decantar e adaptar elementos da cultura, para serem transmitidos às novas gerações. Nesse tópico, pensamos e discutimos também sobre a importância da cultura social na construção dos conhecimentos escolares.

Por fim, a autora traz alguns objetivos amplos de cada área de conhecimento sugeridos em um documento do MEC e aponta que o conteúdo de cada área de conhecimento deve ser entendido como possibilidades de socialização de conhecimentos acumulados ao longo da história daquela criança que chega a sala de aula. Na área da linguagem o texto aponta que “É importante que o cotidiano das crianças das séries/anos iniciais seja pleno de atividades de produção e recepção de textos orais e escritos”.

O que contribui para o desenvolvimento de habilidades leitoras nos anos iniciais do ensino fundamental? Veja alguns exemplos:

  • ·         Escuta diária de leitura e textos diversos;
  • ·         Incentivo de leitura por parte da família;
  • ·         Produção de textos escritos, podendo ser mediada pela participação e o registro de parceiros mais experientes;
  • ·         Leitura e escrita espontânea;
  • ·         Projetos, jogos e brincadeiras que envolvam a linguagem.
  • ·         E outros.

Então... é isso!
Até a próxima postagem!

 

sábado, 5 de janeiro de 2013

Letramento e Alfabetização - Slide



Esse slide que inseri na postagem anterior, é um slide que foi feito em grupo com base na leitura do seguinte texto:

MONTEIRO, Sara Mourão. BAPTISTA, Mônica Correia. Alfabetização e letramento. Salto para o futuro, Anos iniciais do ensino fundamental,Brasília: MEC,  ano XIX, pp. 10-28, setembro/2009.   

O slide aborda os principais conceitos de alfabetização e letramento no primeiro ano do Ensino Fundamental. Então mais uma vez segue o link para visualização do slide:

http://www.slideshare.net/PamelaAschoff/alfabetizao-e-letramento-slide-15510529

Vale a pena conferir! E eu prometo que vou tentar colocar de forma que seja possível visualizar aqui no blog mesmo! 

Então até amanhã com uma nova postagem. Esta sobre o texto 3!