Pâmela Aschoff
segunda-feira, 11 de março de 2013
A Língua Portuguesa nos Currículos de Final de Século - Autora Marildes Marinho
Em breve uma nova postagem sobre este texto!
Análise sobre o livro didático : PORTA ABERTA - Letramento e alfabetização (2011) e sequência didática
A proposta desse trabalho
apresentado em grupo em sala de aula, era de analisar um livro didático de
Língua Portuguesa do ensino fundamental até o 5ºano. A escolha do livro ficou a
critério do grupo. Meu grupo continha 7 pessoas, Bruna de Paula, Camila de
Souza, Chaiene, Daniel, Jennyfer, Joyce e eu. Alguns critérios nos foram dados.
De que forma iriamos avaliar?
- Iriamos relacionar com os textos trabalhados ao longo do período, analisando criticamente, dialogando com os autores estudados;
- Iriamos analisar a luz de quatro eixos orientadores para o ensino da língua materna, são esses: Práticas de Leitura, práticas de linguagem oral, práticas de análise e reflexão sobre os usos da língua e práticas de produção textual. Deveríamos analisar se o livro apresenta, como apresenta e etc.
Então
o meu grupo analisou o livro: Nova Edição: PORTA ABERTA – Letramento e
alfabetização (2011), livro didático para o 2º ano do ensino fundamental, das autoras
Angiolina Bragança e Isabella Carpaneda. Ao final da análise crítica o grupo
apresentou uma sequência didática para uma turma de 2º ano, baseada na unidade
3 do livro.
Para visualizar o slide do trabalho apresentado em aula, clique abaixo:
https://docs.google.com/file/d/0B1atsEA1ivgaRzRLNEdwVUE0aXM/edit?usp=sharing
domingo, 10 de março de 2013
Discussões online - Aula não presencial
Como uma proposta para esse período pós-greve onde tivemos que estudar em dezembro, janeiro, fevereiro, e como o calor em nossas salas estava insuportável, tivemos algumas aulas não presenciais. Realizamos através de um grupo no Facebook criado pelo professor Ivan, uma discussão sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais - Língua Portuguesa, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e os eixos orientadores para o ensino de Língua Materna. Acredito que foi uma discussão muito positiva onde todos participaram, até os mais calados em sala. Chega até ser engraçado observar que mesmo a distância todos discutiram, se falaram, expressaram ideias. Além disso, uma nova ferramenta de trabalho para futuro professores pode ser explorada.
Foi nesse
novo espaço para discussão, que pudemos debater e construir um novo olhar sobre
o ensino de língua portuguesa. Em vários momentos foi enfatizado a questão da
construção de um olhar crítico nos nossos futuros alunos, trabalhar de forma lúdica, e etc. Vários trechos do PNC
de Língua Portuguesa foram destacados. Quer visualizar um pouco das discussões?
Então segue o link!
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Gênero textual e Tipologia textual
Dessa vez a postagem feita tem o seguinte objetivo:
Produzir uma reflexão, focalizando os conceitos principais, confrontando o texto e os slides.
Texto disponível em:
http://www.algosobre.com.br/gramatica/genero-textual-e-tipologia-textual.html
Slide:
O texto apresenta uma discussão acerca de tipologia textual e gênero textual, promovidas pelos conceitos de Marcuschi e Travaglia.
É certo que os autores mencionados não partilham da mesma visão sobre o tema, apresentando considerações certamente distintas.
Marcuschi defende que Gênero textual é definido como textos encontrados no dia-a-dia, que apresentam características sócio-comunicativas definidas pelos conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica. Já tipologia textual se refere a descrição, injunção, exposição, narração e argumentação presentes no que se lê. Dessa forma, tem-se que um gênero textual pode apresentar diferentes tipos. O exemplo básico seria a carta, na qual se pode encontrar alguns dos citados tipos.
Por outro lado, Travaglia descreve o conceito de tipologia textual argumentando que um texto é definido como de um tipo por uma questão de dominância, em função da interlocução que se pretende; sendo o gênero textual caracterizado por exercer função social específica, que seriam pressentidas e vivenciadas pelos usuários. Isto é, sabe-se o gênero a ser utilizado dependendo do momento da interação, de acordo com sua função social.
A partir da exposição dos argumentos de ambos os autores, podemos identificar um conflito conceitual. O esquema abaixo apresenta este embate de forma mais clara:
Marcuschi:
a) intertextualidade intergêneros = um gênero com a função de outro
b) heterogeneidade tipológica = um gênero com a presença de vários tipos
a) intertextualidade intergêneros = um gênero com a função de outro
b) heterogeneidade tipológica = um gênero com a presença de vários tipos
Travaglia:
a) conjugação tipológica = um texto apresenta vários tipos
b) intercâmbio de tipos = um tipo usado no lugar de outro
a) conjugação tipológica = um texto apresenta vários tipos
b) intercâmbio de tipos = um tipo usado no lugar de outro
Em dado momento, tem-se a impressão que o que Marcuschi nomeia "gênero textual" é utilizado por Travaglia como "tipologia textual". Na síntese acima, nota-se uma proximidade do que Marcuschi chama de "intertextualidade intergêneros" com o que Travaglia conceitua como "intercâmbio de tipos". Quando Travaglia diz que "o trabalho com o texto e com os diferentes tipos de texto é fundamental para o desenvolvimento da competência comunicativa" vemos em Marcuschi uma idéia semelhante à medida em que coloca o gênero textual como texto que apresenta características sócio-comunicativas.
O que se conclui, portanto, é menos um conflito de ideias do que um embate conceitual. Ambos os autores defendem pontos de vista muito semelhantes, com a particularidade de que identificam conceitos diferentes para estas ideias. O campo de debate é o mesmo, o que se argumenta tem grande proximidade; porém, as definições se separam por conta de suas nomenclaturas opostas.
Por fim, destaquei um trecho do texto de Sílvio Ribeiro da Silva que considerei importante para refletir acerca do tema discutido:
“Para concluir, acredito que vale a pena considerar que as discussões feitas por Marcuschi, em defesa da abordagem textual a partir dos Gêneros Textuais, estão diretamente ligadas ao ensino. Ele afirma que o trabalho com o gênero é uma grande oportunidade de se lidar com a língua em seus mais diversos usos autênticos no dia a dia. Cita o PCN, dizendo que ele apresenta a ideia básica de que um maior conhecimento do funcionamento dos Gêneros Textuais é importante para a produção e para a compreensão de textos. Travaglia não faz abordagens específicas ligadas à questão do ensino no seu tratamento à Tipologia Textual. O que Travaglia mostra é uma extrema preferência pelo uso da Tipologia Textual, independente de estar ligada ao ensino. Sua abordagem parece ser mais taxionômica. Ele chega a afirmar que são os tipos que entram na composição da grande maioria dos textos. Para ele, a questão dos elementos tipológicos e suas implicações com o ensino/aprendizagem merece maiores discussões. Marcuschi diz que não acredita na existência de Gêneros Textuais ideais para o ensino de língua. Ele afirma que é possível a identificação de gêneros com dificuldades progressivas, do nível menos formal ao mais formal, do mais privado ao mais público e assim por diante.”
Agora deixo a sugestão de dois links que articulam com o slide e o texto discutido. São textos que nos ajudam refletir a cerca do tema.
http://proferon.blogspot.com.br/2009/09/tipologia-e-generos-textuais.html - (este é de um blog)
http://www.wellingtondemelo.com.br/site/2009/03/tipologia-textual-versus-genero-textual/ - (este é de um artigo)
Até a próxima postagem!
domingo, 6 de janeiro de 2013
A abordagem das diferentes áreas do conhecimento nos primeiros anos do ensino fundamental
CORSINO, A abordagem das diferentes áreas do conhecimento nos primeiros anos do ensino fundamental. Salto para o futuro, Anos iniciais do ensino fundamental,Brasília: MEC, ano XIX, pp. 29-42, setembro/2009.
A autora Patrícia Corsino inicia o texto propondo uma reflexão sobre as diferentes áreas do conhecimento nos primeiros anos do ensino fundamental. Para tal observação, ela apresenta o relatório de uma professora do segundo ano do ensino fundamental.
O relatório da professora nos traz uma experiência diferente do habitual ou do que eu particularmente estou acostumada a ver nas escolas. O relato nos mostra um movimento de acolhimento e receptividade ao que a criança trouxe para a sala de aula. Tudo começou quando um aluno levou para aula um pote cheio de lagartas, que por sinal despertou a curiosidade das crianças (e que criança é curiosa... isso não é novidade, não é gente?!). A professora percebendo o interesse da turma propôs a continuação da observação pedindo assim que algumas lagartas ficassem na escola. Foi desenvolvido a partir desse momento um projeto de Ciências Naturais que não estava dentro do planejamento. As crianças, a cada dia registravam as observações através de desenhos e textos, além disso, eram feitas pesquisas sobre a espécie da lagarta observada e tais pesquisas propiciavam a troca de conhecimentos. Através do relato da professora a autora pontua no texto a importância de se olhar para a criança como alguém que tem o que dizer e competente suficiente para atribuir significado ao que está ao seu redor. Quando discutimos esse ponto do texto em sala, foi possível pensar sobre um planejamento que respeite e valorize o conhecimento que a criança já possui antes de ingressar na escola. A autora aponta também que projetos como o desenvolvido pela professora são possibilidades ímpares de articulação entre as áreas do conhecimento, pois outras áreas como exemplo, a Literatura, também podiam ser trabalhadas.
Outro aspecto importante destacado no texto é sobre a flexibilidade do planejamento e a abertura para o imprevisível. Nesse ponto a autora destacou características e dimensões do planejamento, abordadas anteriormente em outro texto. São elas: inacabamento, participação do coletivo e outras.
No tópico “Educação, Cultura, Currículo”, a autora nos traz citações e Candau e outros autores abordando o papel da escola de organizar, selecionar, decantar e adaptar elementos da cultura, para serem transmitidos às novas gerações. Nesse tópico, pensamos e discutimos também sobre a importância da cultura social na construção dos conhecimentos escolares.
Por fim, a autora traz alguns objetivos amplos de cada área de conhecimento sugeridos em um documento do MEC e aponta que o conteúdo de cada área de conhecimento deve ser entendido como possibilidades de socialização de conhecimentos acumulados ao longo da história daquela criança que chega a sala de aula. Na área da linguagem o texto aponta que “É importante que o cotidiano das crianças das séries/anos iniciais seja pleno de atividades de produção e recepção de textos orais e escritos”.
O que contribui para o desenvolvimento de habilidades leitoras nos anos iniciais do ensino fundamental? Veja alguns exemplos:
- · Escuta diária de leitura e textos diversos;
- · Incentivo de leitura por parte da família;
- · Produção de textos escritos, podendo ser mediada pela participação e o registro de parceiros mais experientes;
- · Leitura e escrita espontânea;
- · Projetos, jogos e brincadeiras que envolvam a linguagem.
- · E outros.
Até a próxima postagem!
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