O
texto de Marildes Marinho tem o objetivo de apresentar um exercício de explicitação
das condições de produções dos currículos de Língua Portuguesa. Para tal explicitação
a autora faz uma abordagem interpretativa e genérica das questões apresentadas
nos currículos analisados, de forma a oferecer dados para representar um pouco
sobre a mentalidade desse currículo.
MARINHO
cita no texto a autora Magda Soares (1996), indicando que a autora faz uma retrospectiva
da constituição da disciplina de Língua Portuguesa como componente curricular.
Cita também que um dos aspectos interessante apontados pela autora é o da
relação entre a produção de material didático, como por exemplo, o livro
didático, e o perfil do professor e do aluno, em determinados momentos da
história.
No
texto a autora aponta também que nos anos 60 ocorreu uma desvalorização do
magistério, refletindo sobre o papel do livro didático de produtor de
atividades para a prática docente nesse processo.
Outro
aspecto a ser ressaltado é sobre a gramática como parte do currículo. A autora
coloca que “mais do que um conteúdo distinto
da leitura e da escrita ela se constituiu, através dos tempos, em instrumentos
de análise da comunicação oral e escrita”. Nesse sentido torna-se ineficaz
o ensino de uma gramática tradicional para a construção dessa nova competência
do sujeito alfabetizado. Ao discorrer sobre um breve histórico sobre o ensino
da gramática no Brasil, a autora sugere o artigo de Magda Soares “As múltiplas facetas do processo de
alfabetização (1985)”.
Ao
explicitar os diferentes currículos nos estados do Brasil, podemos visualizar no
texto um embate entre as forças tradicionais e modernas, sobre suas formas de
organização, o ensino da língua materna e as estratégias de leitura.
Um
ponto que é destacado no texto, é quando enxergamos que por unanimidade nos currículos
analisados, a preconização do ato de leitura e de escrita como produção de sentido,
resultante do pretexto do estudo da
gramática ou de recursos literários, particularmente as figuras de linguagem.
Percebemos então a ausência de uma perspectiva sobre as práticas sociais de
leitura e da escrita, como explica autora na página 70.
O
texto em suma apresenta uma variedade de aspectos a serem lidos e refletidos.
Na página 82 a autora aborda um tema muito discutido na disciplina TAE LP II ao
longo do período. No tópico “Variação Linguística
e Relação Língua Oral/Língua Escrita”, ela retrata os desafios de se
ensinar a linguagem original (dialeto original) e linguagem padrão (dialeto
padrão), sua importância de sinalizar as relações entre oralidade e escrita.
A
autora já no final do texto, aborda uma questão muito importante: A avaliação
do leitor. Ela destaca:
“No que se refere à avaliação da
leitura, as orientações curriculares registram a importância de se respeitar a
diversidade de leituras do texto literário. Assim a leitura desse texto deverá
ser o mais aberta possível, permitindo o investimento do leitor, sem inibir seu
prazer. (...)” (p. 85)
Por
fim, uma das reflexões mais importante que o texto nos deixa é sobre o fato de
como a gramática vem sendo trabalhada nos currículos escolares, e o uso da
leitura e escrita em um contexto social.
Postarei
posteriormente, alguns links que nos ajude a pensar mais sobre tal assunto.
Atividade de gramática:
Link do site que visualizei a atividade ao lado:
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